Deixa partir…

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Na vida agarramo-nos a ideias, a pessoas, a momentos, a memórias, a tudo o que nos pareça especial. Temos que aprender a largar, a deixar ir. É como puxar uma corda que não leva a lado algum e não traz nada. É como insistir no vazio. Não vale a pena. Deixemos ir…

Eu nunca soube deixar partir porque despedidas entristecem. Mas isso não faz parte daquilo que chamamos de crescer não é? Crescer é partir, e partir é crescer. Ou pelo menos saber fazê-lo. Não, ninguém nos dá nenhum curso intensivo sobre como partir e deixar partir. Aprendemos com o decorrer da vida. Com a experiência e com o que retiramos dela. Aprendemos a deixar partir deixando e aprendemos a partir partindo.

Não é fácil e não parece bonito naquele instante. Mas é necessário, extremamente necessário. As pessoas por vezes mudam, ou alteram o caminho. Não podemos seguir na rota delas, temos que fazer a nossa e seguir os passos que temos a percorrer e isso não inclui o mundo todo. Por vezes inclui pessoas imprevisíveis e exclui outras que acreditávamos ser para a vida toda. Mas a vida toda é muito tempo e não medimos as pessoas pela duração da permanência e sim pelas memórias boas ou más que nos deixam.

Então eu deixo partir. Porque sou livre de o fazer e porque não acho justo prender quem já não pertence aqui. Deixemos ir… E se eu partir, deixa-me ir. Porque também sou livre de fazê-lo e não é justo prender-me se eu já não pertencer ali. Logo eu, que sou como os pássaros? Vejo um mundo pela frente e quero explorá-lo. A curiosidade nunca veio em caixas… Portanto deixa partir, a descoberta avizinha-se e ainda à muito por ver… Deixa partir…

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